Vários estudos recentes mostram como viver em alguns centros urbanos aumenta as chances de doenças físicas e até mentais, como depressão e ansiedade. Mas as urbanizadoras sérias estão atentas a esses aspectos e têm consciência de suas responsabilidades para melhorar essa realidade.
Imagine uma cidade com ciclovias cobrindo a área urbanizada, muito verde, praças, ruas amplas, academias ao ar livre, e todas as casas com água encanada, esgoto, coleta seletiva de lixo, próximas ao comércio e instituições de ensino e saúde.
Agora, imagine outra cidade com um carro para cada habitante, locais de trabalho, assistência médica e áreas comerciais concentradas e distantes, transporte público ineficiente, pouca arborização e um rio poluído e com mau cheiro.
Com toda a certeza, as pessoas da primeira cidade são muito mais saudáveis, físico e mentalmente. E essa qualidade de vida só é conquistada graças ao planejamento urbano e ao trabalho das urbanizadoras.
Quando um novo loteamento é projetado e construído, praticamente todos os fatores são pensados, levando-se em consideração a saúde dos novos moradores e da população ao redor. São estudadas a quantidade ideal de áreas verdes, de áreas institucionais para se instalar escolas e postos de saúde, o acesso a serviços básicos, como água potável e saneamento, o escoamento da água das chuvas, entre outros.
Após mais de 2 anos de pandemia, ficou ainda mais evidente a necessidade de se ter um lugar planejado para se viver, com espaços amplos de convivência, mobilidade urbana, acessibilidade e inclusão. Afinal de contas, hoje não é mais como antigamente, quando a mortalidade infantil atingia somente as classes mais baixas. O coronavírus não poupou ninguém.
Mesmo antes desse contexto mundial, as grandes urbanizadoras já vinham estudando os pontos fracos, risco e vulnerabilidades das cidades, como forma de torná-las mais resistentes a danos naturais e humanos. Não é de hoje, por exemplo, que enchentes e deslizamentos matam.
Esses fenômenos vêm se agravando em função do crescimento urbano desordenado e do aumento de eventos climáticos, causados pelo descarte irregular de lixo e queimadas criminosas por parte da própria população. Problemas esses que ressaltam ainda mais o papel essencial das urbanizadoras na implementação de soluções.
Mas ninguém faz nada sozinho. As cidades precisam contar ainda com o poder público municipal, estadual e federal conscientes da importância de políticas públicas específicas para o setor de urbanização e focados em desburocratizar o sistema, para que as mudanças sejam cada vez mais rápidas.
Ainda é necessário chamar a atenção dos cidadãos e das futuras gerações sobre a responsabilidade de se cuidar e preservar os espaços públicos, como uma extensão das casas onde moram, além de se conscientizá-los na hora de eleger representantes preocupados com o planejamento urbano eficiente.
Como se vê, não são transformações feitas de um dia para o outro. É preciso muito estudo, trabalho, conscientização e a união das urbanizadoras com o poder público e a comunidade, para juntos construírem cidades cada vez mais saudáveis para se viver.
E você, mora em uma delas?