Pinturas internas e externas precisam de tintas específicas e certos cuidados


Escolher as cores e as texturas das paredes é uma fase bem gostosa, durante o processo de construir uma casa. Mas já parou para pensar que as pinturas internas e externas têm particularidades? Não dá para passar a mesma tinta de dentro do lado de fora, onde chove e pega sol.

Sendo assim, antes da pintura, a etapa 9 da série Hora de Construir, feita pela ITV Urbanismo para ajudar você a construir sua casa, vai dar algumas dicas para um acabamento bonito e durável. Você mesmo pode pintar a sua casa, mas se não tem muita experiência, a melhor opção é mesmo contratar um pintor profissional.

Seja na parte interna ou externa, é preciso uma preparação correta das paredes. Depois da fase de chapisco, reboco e emboço que já tratamos aqui, outros cuidados devem ser tomados antes de se passar a tinta.

A superfície, além de estar uniforme, precisa estar limpa. Se a parede sujou nesse percurso até aqui, vale a pena fazer uma limpeza com escova e sabão, um pano úmido ou uma vassoura limpa de pelo. Limpe também o chão, pois a movimentação faz a poeira subir.

O piso precisa ser coberto com uma lona ou jornais, além de rodapés, batentes, portas, etc. Um dos grandes truques dos pintores é a fita crepe. Passe a fita ao redor da área que será pintada, como rodapé, roda-teto, batentes e juntas de paredes, mas ela precisa ser retirada para a segunda mão.

Depois da parede seca, é a hora de lixar. Se a alvenaria estiver sem excessos, uma lixa fina de número 220 ou 240 vai dar conta do recado, mas se o reboco estiver com imperfeições é melhor usar uma lixa mais grossa de 80 ou 100.

Depois vem o selador, com a função de uniformizar ainda mais as paredes e impedir que a alvenaria absorva a tinta, o que é muito comum em paredes novas.

O selador precisa ser misturado para ficar uniforme e o ideal é aplicá-lo com um rolo de lã em movimentos de sobe e desce. Se o trabalho tiver ficado bem-feito, não é preciso uma segunda camada. O importante é seguir as instruções de secagem e demão do rótulo.

Agora, é a hora da massa corrida para tirar todas as imperfeições. Aplique o material, sem diluir, com a ajuda de uma desempenadeira para o centro e uma espátula para os cantos. Depois disso, algumas pessoas, gostam de passar mais uma demão de selador, mas não há necessidade, pois a massa corrida já faz o papel de selar e deixa a superfície pronta para a tinta.

Deixe secar por 2h, 3 h ou conforme o rótulo, e, em seguida, passe a lixa fina novamente para regularizar a superfície. Pronto, as paredes da sua casa já estão prontas para aplicar a tinta.

Comece a pintar pelo teto, mas antes de tudo, leia as orientações do fabricante na lata, para a diluição recomendada. Coloque uma quantidade maior de tinta na bandeja limpa e seca. Molhe um rolo de lã de carneiro, sem excessos, de forma que não fique muito encharcado. Os movimentos de vai e vem devem ser uniformes, até cobrir toda a superfície.

No teto e nas partes mais altas da parede, use um cabo extensor acoplado ao rolo. Não vá subir em cadeiras, pois há risco de acidentes. O ideal é alugar uma plataforma, se necessário, e usar óculos de segurança para não respingar tinta nos olhos.

Se você mesmo for pintar a sua casa, um macete é iniciar por uma parede menor até que você pegue o jeito. Nos encontros das paredes e em volta das esquadrias, o ideal é usar um pincel pequeno.

A segunda mão só pode ser aplicada, em média, 4 h após a aplicação da primeira demão. Basta olhar as indicações do fabricante na lata. Pense que essa vai ser a pintura final e, portanto, capriche ainda mais, cuidando dos cantos.

Quanto mais alta a temperatura, mais rápida será a secagem, mas, por outro lado, o calor pode causar bolhas na tinta e a parede pode descascar muito antes do previsto.

Esquadrias

Para um melhor resultado na pintura de portas, janelas e todas as esquadrias, o ideal é tirar as folhas móveis com o auxílio de uma chave de fenda Philips, além de todos os acessórios, como parafusos e limitadores. É o que indica no blog, a Sasazaki, empresa brasileira de esquadrias de aço e alumínio.

Tire toda a sujeira com um pano macio embebido em água e detergente neutro. Nos cantos, use um pincel de cerdas macias. Proteja todas as borrachas de vedação e vidros. E com a ajuda de uma pistola de pintura, dê 3 ou quatro demãos com tinta esmalte sintética e acrílica, à base de solvente. Não use tinta à base de água.

Se as esquadrias forem de aço, não podem ser lixadas, para não remover o tratamento anticorrosão. Caso a porta ou a janela já tenham pintura de acabamento, mas necessite ser repintada, o ideal é usar lixa fina de 320 somente para a quebra do brilho. Depois da pintura totalmente seca, recoloque as peças retiradas.

As tintas mais indicadas para portas e janelas em madeira são a laca, tinta epóxi, tinta acrílica ou PVA, verniz e a tinta esmalte. Para portas internas, opte pela tinta esmalte a base de água. Ela não tem cheiro forte e seca mais rápido.

Materiais

 O segredo para uma pintura bem-feita são os materiais. Cada tipo de rolo, por exemplo, é indicado para um fim.  O de pelo baixo é indicado para tintas PVA e acrílica. O de espuma para esmaltes, tinta óleo e verniz, enquanto o de espuma rígida ou borracha, para efeitos e texturas. Já os pinceis de cerda clara são para tintas à base de água, como a PVA e acrílica. Os mais escuros são para as tintas a óleo, esmalte e vernizes

Existe uma grande variedade de tintas no mercado. E não basta escolher apenas cor. Quem não entende, pode pedir ajuda para o próprio pintor ou para o vendedor na casa de tintas.

A tinta látex (ou PVA) é a mais utilizada para a parte interna da casa e podem ser limpas apenas com um pano úmido. Seca rapidamente e o cheiro de pintura é mínimo. A tinta acrílica é mais indicada para pinturas externas ou em áreas molhadas, como cozinhas e banheiros. É mais brilhante do que a látex, mesmo na versão fosca e a superfície pode ser lavada. Já a tinta esmalte é indicada para superfícies de ferro ou madeira, garantindo maior durabilidade.

Cada marca tem especificações diferentes. Portanto, leia as instruções do fabricante para diluí-la. Despeje a tinta na bandeja ou caçamba e dilua em água seguindo as recomendações da embalagem. Mexa bem.

Na etapa 10 da série Hora de Construir, vamos falar de cerâmica, piso, azulejo, soleira e rodapé. Até lá.


Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *