Opções é que não faltam na Hora de Construir o telhado


Chegamos a fase da cobertura do imóvel, nesta quarta etapa da série Hora de Construir, criada pela ITV Urbanismo para ajudar você a acompanhar a construção da sua casa. Assim como tudo no projeto arquitetônico, é o engenheiro quem define, lá no início, de acordo com a vontade do cliente, qual o melhor tipo de telhado, a inclinação, as telhas e o forro.

É você quem vai escolher se quer laje ou não, o modelo de telha, ou se o telhado vai ser aparente ou com platibanda. Mas só com a ajuda de profissionais, você vai fazer com que a cobertura funcione perfeitamente, para evitar goteiras e outros prejuízos, independentemente do material e estilo escolhido.

Platibanda ou telhado aparente

No telhado aparente, assim como o nome diz, as telhas ficam à mostra e, por isso, o mais comum é a utilização de telhas de cerâmica ou de concreto, por serem mais bonitas, além de mais resistentes ao tempo e consequentemente, mais caras.

Já o telhado platibanda é embutido. Tem uma mureta que esconde a cobertura da casa, feita com placas pré-moldadas de concreto impermeabilizadas. A maior vantagem da platibanda é a utilização de telhas mais simples e uma estrutura de madeira ou metal mais leve.

Caso a sua casa seja de laje, o telhado é feito antes, mas como já falamos da laje no texto anterior, na fase de superestrutura, é importante que você leia quais os cuidados nessa fase e em todas que já abordamos na série até aqui. Mas se a sua casa for apenas de forro, o telhado é feito logo depois de erguidas as paredes, pilastras e vigas.

Opções é que não faltam na Hora de Construir o telhado

Estrutura metálica ou de madeira

Ainda durante a escolha dos materiais, você precisa definir se a estrutura vai ser metálica ou de madeira. 

Entre as vantagens do aço, está a rapidez de instalação, a carga mais leve e a redução de resíduos, mas precisa de uma pintura especializada para a proteção da ferrugem.

Já para a estrutura de madeira, a velocidade de execução do projeto chega a ser três vezes menor e o ideal é que a madeira seja tratada, para evitar cupis e apodrecimento.

Inclinação e telhas

O que determina a inclinação mínima de um telhado é o tipo de telha e são os fabricantes que informam as inclinações mínimas e máximas.

As telhas podem ser de cerâmica (barro), concreto, fibrocimento, vidro, metálicas, galvanizadas, ecológicas e de policarbonato. A inclinação mínima recomendada é de 30% e, caso o desnível ou a inclinação seja superior a 45%, as telhas deverão ser amarradas.

Além de proteger uma edificação da ação de intempéries, o telhado é regulador térmico da casa. As telhas de cerâmica e concreto, por exemplo, geram um ambiente mais agradável do que uma telha de policarbonato, mas se sua casa tiver o pé direito alto e for bem ventilada, não vai ser um problema.

Calhas e rufos

Um dos pontos importantes e indispensáveis é a instalação das calhas e rufos. As calhas coletam as águas pluviais e correm pelos telhados. Normalmente, são de aço galvanizado, ou seja, revestidas com uma camada de zinco para evitar a corrosão e podem ser pintadas. Ainda existem calhas de PVC. São bem fáceis de limpar, mas não são ideais em construções maiores, onde há um alto nível de água.

Já os rufos são peças metálicas moldadas em determinados pontos de uma casa e servem para impedir que a água infiltre nas paredes e muros. Precisam ser fixados com rebites ou pregos e ainda recebem um acabamento em argamassa nas bordas. Sem eles, é bem provável que na próxima temporada de chuvas, sua casa encha de manchas escuras, que acabam causando mau cheiro, mofo e até o apodrecimento de paredes.

A melhor época do ano para avaliar se as calhas ou rufos estão funcionando é durante uma chuva de grande intensidade. Se o fluxo de água não estiver correndo adequadamente, a calha pode estar obstruída por folhas ou sujeira, ou ainda pode estar com algum problema estrutural que necessite de correção ou até troca. Mas não vá subir no telhado com as telhas molhadas. Além do grande risco de acidentes, pode ser que as telhas quebrem.

Forro

Finalizada a cobertura, vem o acabamento com o forro e é o dono que vai escolher, com a ajuda do engenheiro, qual o tipo de material, levando em conta a estética, a durabilidade e o investimento. São uma infinidade de opções, como PVC, gesso, madeira, bambu, metálico e até o de concreto aparente, no caso de existir laje de fechamento.

Em casas, os mais usados são o PVC, a madeira e o gesso. Os forros de PVC e gesso são recomendados para qualquer cômodo, enquanto o de madeira deve ser utilizado em áreas internas e secas, como salas, quartos e varandas cobertas, para evitar o contato com a umidade.

Uma das vantagens do PVC é não precisar receber massa corrida ou tinta. Além da rápida instalação, pode receber umidade e é mais barato, mas não é tão bonito quanto um forro de gesso e não tem isolamento térmico e acústico. Já o forro de madeira, assim como o de gesso, tem um excelente isolamento térmico, mas tem um custo alto, além de manutenção regular. Não pode ser receber umidade e precisa de cuidados contra pragas.

No próximo episódio da série Hora de Construir vamos falar de janelas, portas, portões, venezianas e aberturas similares que compõem as esquadrias. Até lá.