Há 40 anos, nascia o Cidade Jardim, o 1º projeto dirigido de Uberlândia


Há 40 anos, era lançado o bairro Cidade Jardim, na zona sul, o primeiro projeto dirigido de Uberlândia, com lotes de 1 mil m², entregue com rede de água potável, pluvial e esgoto, energia elétrica e asfalto. Com isso, o lado de lá do rio Uberabinha, desbravado inicialmente pela ITV Urbanismo, com a criação do bairro Tubalina, em 1949, acabou ganhando força e valorização em 1979, graças ao primeiro empreendimento da loteadora Cidade Jardim, de Aldorando Dias de de Sousa, falecido dia 18 de junho deste ano.

Há 40 anos, nascia o Cidade Jardim, o 1º projeto dirigido de Uberlândia

Em 1967, o banqueiro uberlandense comprou a Fazenda Guaribas, onde viria ser o bairro Cidade Jardim. Por um tempo, Aldorando criou gado na propriedade rural, até ter a ideia de lotear parte da área. Em 1977, montou a loteadora Cidade Jardim e criou uma empresa promotora de vendas chamada Oesteval Imobiliária. “Até então, qualquer terreno era vendido sem infraestrutura nenhuma, depois que a Prefeitura ia colocando esgoto, água e asfalto. A Cidade Jardim que mudou tudo isso e entregou um loteamento pronto para construir e morar”, disse José Carlos Godoy, antigo funcionário de Aldorando e primeiro morador do bairro Cidade Jardim, onde reside até hoje.

A ideia inicial era que o bairro se chamasse Cidade Náutica, mas Aldorando e o sogro de Godoy, Antônio Bortoni, também engajado no projeto, preferiram não atrelar o nome ao fato de estar próximo ao rio Uberabinha e ao Praia Clube. “A intenção do meu avô era fazer uma nova Uberlândia, por isso deu o nome de Cidade Jardim, que também era um apelido antigo da cidade”, disse Leandro de Sousa Cecílio, diretor da Cidade Jardim Empreendimentos e vice-presidente da Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Aelo-Tap), ao lado de José Eduardo Ferreira, CEO da ITV Urbanismo e presidente da Aelo-Tap.

A primeira etapa de lançamento do Cidade Jardim contou com 550 lotes de 1 mil m², vendidos em apenas 20 dias. Mas como todos clientes compraram para investir e, por isso, o bairro demoraria a ser habitado, a loteadora fez, em 1981, outras duas etapas com lotes menores, de 432 m2 e 250 m2, para o cliente construir e morar imediatamente. Da antiga fazenda, Aldorando ainda fez o bairro Jardim das Palmeiras, e uma parte do Cidade Jardim doou para o Praia Clube, onde foi feita a área próxima à portaria da avenida Uirapuru e os terrenos onde hoje funcionam o  Centro Espírita da Shyrlene e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).

Godoy e o colega da Oesteval, Charles Drake Guimarães Gonçalves, que puseram os nomes nas ruas. Na primeira fase, foram escolhidos nomes de pássaros, com é o caso da avenida Uirapuru, principal via de acesso ao bairro, e depois de árvores e flores, como rua dos Eucaliptos e dos Lírios. “Tinha a rua dos Gaviões e alguém falou que pegava mal morar num lugar com esse nome. Aí ficou rua das Gaivotas”, disse Godoy que se tornou o primeiro morador do Cidade Jardim, onde reside até hoje.

 


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