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Muitos acham que comida orgânica é cara, mas não é bem assim. No caso das hortaliças convencionais, como a produtividade é maior, os produtores abaixam um pouco o preço, mas, por outro lado, usam defensivos com alto índice de toxidade para o ser humano e para o meio ambiente. Você então come a alface, a couve e o brócolis cheios de veneno e o barato acaba saindo mais caro para a sua saúde. Mas como os orgânicos estão em alta – só no primeiro semestre desse ano cresceram as vendas em 50%, segundo a Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis) – esse tipo de alimento é mais acessível.
Nesse Dia Mundial da Alimentação, comemorado em 16 de outubro, a ITV Urbanismo – parceira da ONG Ação Moradia no projeto Horta Lá de Casa, uma horta agroecológica e com produção 100% orgânica, que começa a dar os primeiros passos no bairro Novo Mundo, na zona leste de Uberlândia – fez um comparativo dos preços dos produtos que serão produzidos no local com os que são vendidos em um sacolão convencional. Em muitos casos, os produtos orgânicos são até bem mais baratos.
No caso do brócolis e da couve-flor, por exemplo, no sacolão comum saem a R$5,99 cada, e quando a Horta Lá de Casa estiver com sua produção funcionando a todo vapor, estes produtos sairão por R$4,00 e R$4,50, respectivamente. O jiló e a berinjela, em lugares convencionais, saem a R$3,99 e R$2,99 e daqui a um tempo, os moradores da região vão poder comprar os frutos, livres de inseticidas, por apenas R$2,50 e R$3,00 no novo projeto da Ação Moradia e a ITV Urbanismo.
Segundo a nutricionista uberlandense Thaís Assunção, a dica é procurar por feiras especializadas, pois os preços são mais atrativos do que em supermercados. Em Uberlândia, “todo sábado de manhã, tem feira orgânica no Pátio Vinhedos, toda quinta tem no Mercado Municipal, às terças tem no Parque do Sabiá, nos sábados de manhã no campus Santa Mônica da UFU, e domingo de manhã tem na Igreja Adventista no Morada da Colina. E agora, a ONG Ação Moradia e a ITV Urbanismo estão com essa horta orgânica no bairro Novo Mundo. É um projeto pioneiro e muito importante também para a conscientização das pessoas”, afirmou Thaís.
Ainda de acordo com Thaís, que é especialista em dietas vegetarianas e funcionais, os agrotóxicos e pesticidas são substâncias que o corpo não reconhece. Com o tempo, esse esforço em eliminar esses “invasores” sobrecarrega órgãos vitais, como rins e fígado, além de acarretar doenças crônicas, como diabetes, obesidade e doenças do coração. “O aumento do índice de câncer no mundo não é à toa. Por isso, as pessoas, hoje em dia, são também tão cansadas, adoecem fácil e têm a imunidade super baixa. O corpo está gastando energia combatendo essas substâncias nocivas que vêm nos alimentos”, alertou a nutricionista.