Pandemia transforma a mobilidade urbana

Nesse 22 de setembro é o Dia Mundial Sem Carro, data comemorada em todo mundo para incentivar as pessoas a refletirem sobre os enormes problemas que o uso excessivo dos veículos traz ao meio ambiente. Uma preocupação também de quem desenvolve cidades, como a ITV Urbanismo.

E agora, na pandemia, mais do que nunca, se viu a importância de buscar novas formas de se locomover. Com a reabertura do comércio, muitas pessoas voltaram a percorrer o trajeto casa-trabalho e a necessidade de se evitar lugares públicos, como ônibus coletivo, acabou incentivando muitos a buscar transportes alternativos, como bicicletas, bicicletas elétricas, motos elétricas, patinetes, etc.

Os transportes verdes, que ganham esse nome por serem sustentáveis e poluírem menos, hoje são a melhor opção para cuidar da saúde, se prevenir, economizar dinheiro e ganhar tempo. Foi exatamente o que aconteceu com o desiger Lukas Castro, que há 4 meses vai para o trabalho pedalando.

Como não se adaptou ao trabalho home office, passou a ir para a empresa a pé, mas como era distante e estava cansativo, ele voltou a usar a bicicleta. Com a economia de cerca de R$ 200 com aplicativo e ônibus, ele trocou a bilke por um modelo melhor, que hoje o acompanha até no fim de semana. “No fim economizei tempo, dinheiro e ainda tenho uma opção de lazer em meio a uma pandemia. Passei a fazer trilha”, disse Lukas.

Segundo a gerente do departamento de Urbanismo da ITV Urbanismo, Daniella Resende, essas necessidades já eram estudadas no desenvolvimento das cidades, com prioridade no pedestre e no transporte alternativo. Por isso, a construção de loteamentos com calçadas mais largas e mais ciclovias, por exemplo. “Se eu tenho um bairro, onde além de morar, eu posso trabalhar, ter meu lazer, onde resolvo tudo por perto, eu posso andar de bicicleta ou a pé. Com isso, eu faço núcleos sustentáveis e ajudo em situações que eu tenho que evitar, principalmente agora na pandemia”, afirmou a arquiteta e urbanista.