Viagens pelo Udi Bike aumentam 180% em Uberlândia em 1 ano


Em um ano, o número de viagens de bicicleta pelas ruas de Uberlândia, por meio do projeto Udi Bike, aumentou em quase 180%, saltando de 626 empréstimos mensais para 1.742, desde que população teve a chance de usar os veículos sem nenhum custo. Com isso, entre 2017 e 2018, o número de usuários cadastrados também aumentou 33%, passando de 16.161 para 21.463 ciclistas.

Viagens pelo Udi Bike aumentam 180% em Uberlândia em 1 ano

As novas formas de mobilidade urbana têm mudado a maneira como as pessoas se deslocam pela cidade, gerando menos trânsito de carros e auxiliando na prática de esporte. Além de serviços de transporte por aplicativo, como a Uber e a 99Pop, tem ainda as bicicletas. A Uber, por exemplo, deve trazer bicicletas elétricas para o Brasil neste ano, assim como já ocorre nos Estados Unidos. Além de ser uma opção de lazer e meio de transporte, é ainda um instrumento de trabalho.

É o caso, por exemplo, da veterinária Cecília Brito, que utiliza as bicicletas compartilhadas nos fins de semana, para passear com o irmão, ou em alguns dias na volta do trabalho. “Eu voltava só de ônibus, mas quando estou mais animada, mais disposta, eu pego a bike perto do Centro de Tecelagem e venho para a estação dos Bombeiros, porque eu moro aqui próximo. Além de economizar com ônibus, é bem mais desestressante, porque tem ventinho na cara e paisagem, sem contar que é um exercício físico e a gente gasta calorias”, disse Cecília.

O analista de sistemas Wedesley Botelho troca a roupa social usada no escritório em que trabalha no Center Shopping por short, tênis e camiseta, pega a bicicleta do projeto Udi Bike e segue até a primeira estação, localizada em frente o Centro de Tecelagem, na avenida Rondon Pacheco. Para ir ao trabalho, no outro dia de manhã, faz o caminho inverso.  “Eu acho bacana. Porque além de ser bom para a saúde, é bom para o bolso. Em um ano, eu economizei R$ 1 mil. Seria melhor se a cidade tivesse mais ciclovias”, afirmou.

Hoje, a cidade conta com 95 km de vias exclusivas para ciclistas, o que representa apenas 3,2% dos mais de 3.000 km de malha viária urbana. São 58 ciclovias e 20 ciclofaixas. Segundo o geógrafo urbanista, Frank Barroso, que estuda o uso da bicicleta há de 15 anos em Uberlândia, e inclusive ajudou a implantar o Udi Bike, 54% das ciclovias e ciclofaixas da cidade tem até 2 km de extensão e um planejamento futuro melhoraria ainda mais a mobilidade urbana na cidade.

Em Uberlândia, o Udi Bike tem 4 estações, que ficam no Centro de Tecelagem, no viaduto da avenida João Naves com a Rondon, em frente ao Corpo de Bombeiros e na entrada do bairro Granja Marileusa, o que corresponde a cerca de 20 km de ida e volta. O sucesso é tanto, que segundo Clóvison Elberth Alves, o Clovin, fundador do Instituto Saúde e Equilíbrio e coordenador do projeto, há possibilidade, em breve, da cidade ganhar uma nova estação em frente ao Parque do Sabiá. “Essa bicicletas tem um modelo ecologicamente sustentável, não poluem o ambiente, e o projeto pode se estender para vários pontos da cidade. Na medida que a pessoa pode pegar a bicicleta em um ponto e deixar em outro, não precisa se preocupar com segurança e nem com manutenção do equipamento. É gratuito e dá pra todo mundo utilizar”, disse Leandro Carneiro, coordenador de projetos da ITV Urbanismo.

O Udibike é uma parceria da Tembici, com o Instituto Saúde e Equilíbrio e a Prefeitura de Uberlândia, com benefício da Lei Federal de Incentivo ao Esporte, e conta com o patrocínio da ITV Urbanismo, do Grupo Carpe, sempre atenta às questões ambientais e de mobilidade urbana, e o Instituto Algar.

SERVIÇO: Para utilizar o sistema Udi Bike, o usuário deve se cadastrar no site https://udibike.tembici.com.br/ e retirar uma bike em um dos quatro pontos da cidade, sendo eles o Centro de Tecelagem, o viaduto da avenida João Naves com Rondon Pacheco, o Batalhão do Corpo de Bombeiros e a entrada do bairro Granja Marileusa. A utilização é gratuita.

Benefícios das bicicletas compartilhadas

  • pedalar é uma atividade física e ajuda a melhorar a saúde;
  • menos tempo gasto no trânsito;
  • custo mais baixo com manutenção;
  • não emitem gases poluentes;
  • conexão com o transporte coletivo;
  • facilitam os deslocamentos chamados de último trecho, por exemplo, entre uma estação de ônibus e o destino final;
  • ajudam a tirar carros das ruas.

 


Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *