Já se foi o tempo em que andar com um motorista era luxo. Hoje em dia, com um clique, o motorista está na sua porta, muitas vezes com o ar condicionado ligado e alguns mimos, por um preço quase equivalente ao transporte público. A pergunta que fica é: nesse cenário, ainda vale a pena comprar um carro?
Depois da carteira de habilitação, a ansiedade é para comprar o carro próprio. Acontece que, só no Brasil, estão em circulação 50,7 milhões de automóveis, de acordo com estudo feito em março de 2018 pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Além do estresse que os engarrafamentos geram, esse número indica também um problema ambiental da urbanização.Os carros são responsáveis por mais de 70% da emissão de gases poluentes no mundo, de acordo com o Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA).
Além dos impactos ambientais, os carros geram impactos financeiros enormes para quem possui um. Cada caso é um caso, mas, atualmente, um carro popular gera um custo anual de aproximadamente R$ 10 mil, incluindo impostos e combustível. Fora isso, alguns motoristas adquirem seguros e fazem manutenção regularmente, fazendo com o valor suba dependendo do caso.
Agora imagine ir e voltar do trabalho todo o dia utilizando um aplicativo. Considerando uma média de corrida diária com um custo de aproximadamente R$ 20, sendo R$ 10 para ir e R$ 10 para voltar, no final do ano, você terá gastado aproximadamente R$ 7,2 mil. Isso significa uma economia anual de R$ 2,8 mil, que podem ser gastos em uma viagem no Ano-Novo ou até mesmo investido para algum rendimento futuro. E o melhor, você nem precisa procurar um lugar para estacionar.
Nos momentos em que é necessária mais autonomia, uma sugestão é andar a pé ou de bicicleta. Seu corpo e o meio ambiente agradecem. Mas claro, como já foi dito ali em cima, cada caso é um caso e ficar sem carro, para algumas pessoas, pode ser extremamente complicado. Mas vale a tentativa, não?